Prometo

De férias finalmente… este ano estava a ver que não as tirava. Mas agora cá estou, a descansar, longe da minha casa. É complicado suportar este silêncio, mas vou ter de me habituar, pelo menos durante estes dias. O meu cérebro está habituado ao barulho, ao stress, e “àquele” ritmo constante de todos os dias. Agora que parei, parece que me falta alguma coisa, talvez seja o tal vicio de “stress” a que me habituei e penso que gosto… mas tenho que fazer esse “desmame”, para bem da minha saúde, a mental, quero eu dizer. Agora vou ter tempo para pensar em mim, vou pensar em novas soluções para os problemas do costume, novas resoluções, porventura daquelas que se costumam fazer nas passagens de ano, e sim, vai ser agora durante as férias, e depois, provavelmente, pelo menos durante os primeiros dias, irei cumprir com tudo a que me comprometi, mas depois, e isto é o mais certo acontecer, vou esquecendo de tudo… e… pois! Lá volta tudo ao mesmo. Mas desta vez vai ser mesmo diferente, prometo! É, vou ter de cumprir mesmo, e para isso tenho que ser persistente e simplesmente entender de uma vez por todas que não posso continuar assim…

Toda a verdade...

Hoje apetecia-me ser ainda mais verdadeira. Já me dizem que ás vezes não devia dizer tudo que eu penso, mas as palavras da verdade querem sair da minha boca. Deixar de ser politicamente correcta e dizer tudo o que me vai na minha mente, muito mudaria...eu sei, mas o alívio passaria a reinar dentro de mim.

Imaginem se todos falassem só a verdade...este mundo seria muito confuso, é verdade mas também mais real. Talvez continue a viver neste faz de conta como todos, apesar de estar cansada de me fazer passar por ignorante, por me afastar simplesmente. Como me apetecia dizer toda a verdade.

Vá para fora cá dentro.

Num daqueles momentos que eu consegui parar, uma ideia assaltou-me o pensamento. E se todos os portugueses, não os 10 milhões, mas aqueles que habitualmente tiram férias, decidissem passar férias em Portugal? Sim, gastar todo o dinheirinho cá dentro do nosso país. Sei que não iria acabar com a crise, é sabido, mas tenho a certeza que ajudaria, e muito. Afinal o nosso país é bem bonito, não acham? Estamos sempre a dizer que isto não melhora mas,

em boa verdade, é que nós "Zé Povinho" não tomamos nenhuma medida para melhorar isto. Claro que esta é apenas uma hipótese, entre tantas...

São nos momentos de crise que se vê a força de um povo, e que povo este o nosso...

Sem respostas...

Este mundo deixa muitas perguntas no ar sem resposta oficial. Acontecem "coisas estranhas" durante a nossa vida, que não sei se algum dia saberemos a explicação para o que aconteceu. Este mistério por vezes atormenta-me, fico ansiosa, com um aperto na garganta, quero saber o que está por trás, o porquê de me sentir assim. Mas tudo acalma, afinal essas questões vão estar sempre no ar. E talvez quando estiver mais prática e menos sensível, nem vou reparar nelas, ou vou arranjar uma resposta não oficial prática. Mas hoje não estou prática.

Mexam-se...

Deixem lá esse sofá, o ecrã do computador a massadora da televisão e vão lá para fora, apanhem sol, vejam o que o mundo vos oferece. Parem já de se lamentarem, de se queixarem, chegou a hora de lutarem. Não podemos ficar parados á espera que nos venham bater á porta, somos nós que temos que ir em busca, sem medo de arriscar, sem medo de dar o nosso suor. Nem sempre a vida é cor de rosa, mas nem por isso vamos ficar de braços cruzados... Eu estou aqui para viver. O mais intensamente possível. Nem todos aguentam a dor...não somos todos iguais e nem os momentos são iguais. Eu vou viver, viver, viver enquanto esta sede de vida estiver dentro de mim. E vocês vivam e tentem não deixarem apagar essa sede...

Obrigada

Nem sempre utilizamos a palavra Obrigada, mas neste momento apetece-me utilizá-la, assim a jeito de agradecimento. Agradecer pela presença, pelo sorriso que fazes surgir com pequenos gestos, e rir com palavras...sim tu. Tens enriquecido a minha vida. Não sei o porquê, mas existe aquela empatia, um á vontade que não se explica, existe apenas... Pelo menos é o que sinto, e hoje apeteceu-me traduzir este sentimento em palavras. És alguém especial para muitos, e para mim também. Admiro o ser humano que és. Comprendo muitos dos teus gestos, porque me revejo a mim própria a fazê-los, a senti-los.... Podia continuar a minha lista de agradecimentos...mas não vale a pena esmiuçar mais...simplesmente Obrigada.

Saudade

Saudade…
Tenho saudades daquele tempo onde tudo era mais simples…Os nossos problemas eram muito simples, passar de ano, cumprir mais ou menos o que os nossos pais nos pediam e pouco mais. Tínhamos férias no Natal, uns dias no Carnaval, novamente férias na Páscoa e depois 3 meses em casa. O nosso tempo era ocupado com estudos, brincadeira, e ajudamos os nossos pais depois de nos chamarem pela centésima vez. Apesar de termos que cumprir as regras dos nossos pais eramos mais livres, não precisavamos de tomar decisões importantes...
Que saudade dessa liberdade.